Discussão Dorense

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sábado, 21 de abril de 2012

Aniversário do Terror


         Queridos leitores, me desculpem por ficar tanto tempo sem postar nenhum artigo. Me cobraram novas escritas no Semana Santa e me advoguei, dizendo que era falta de tempo. E de fato, é. Mas me cobrarei mais nos artigos todos os fins de semana. Acordar cedo no sábado pela manhã é um bom exercício para quem quer ler ou escrever. Ideias brotam melhor e a imaginação corre sem limites.
     Mas meu artigo de hoje não pede imaginação. Pede reflexão. Aos meus contatos dei um toque ontem, dizendo do “aniversário” de 123 anos de Adolf Hitler. Querendo ou não, não deixa de ser um marco histórico na humanidade. E, por incrível que pareça, não teve somente seus dejetos, mas também a incrível marca de superação e vontade e amor à pátria. Vamos dar uma pequena volta na história de Adolf Hitler:
“Nasceu em 20 de abril de 1889 em Braunau-am-Inn, na província de Alta-Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Hitler. Era mal humorado e admirador de Leopold Poetsch, um anti-semita. Não gostava de seu pai, porém respeitava-o e venerava sua mãe.
Perdeu o pai em janeiro de 1903 vítima de alcoolismo e sua mãe em dezembro de 1907, vítima de cancro. Por interessar-se em pintura e arquitetura, fez exames para adentrar na Academia de Artes de Viena, mas não obteve êxito. Assumiu-se como antissemita.
Passou então a viver de favores, não conseguia emprego e dormia num asilo de mendigos. Começou então a fazer pinturas para conseguir dinheiro e alugar uma moradia. Conseguira vender tantas pinturas que, no período de descanso assistia ópera.
Em 1913, mudou-se para Munique onde se alistou no exército servindo na primeira guerra mundial. Foi condecorado duas vezes, mas não conseguiu promover-se. Recebeu a medalha Cruz de Ferro de Segunda Classe em 1914 e a Cruz de Ferro de Primeira Classe em 1918. Mais tarde foi preso por tentar golpear o governo alemão e usou seu julgamento para espalhar suas ideologias sobre o país. Falava sobre seu ódio pelo comunismo e judaísmo e sobre suas expectativas de destruí-los.
Em 1924, foi considerado inofensivo e foi solto da prisão. Fundou então sua tropa de choque e executou os planos judaicos. Convenceu os alemães que poderia salvar o país da Depressão, do Comunismo, do Tratado de Versalhes e dos judeus.
Em 1934, apoderou-se dos cargos de presidente e chanceler tendo assim a lealdade das forças armadas. Baniu os judeus de cargos públicos, de profissões e de participações na economia. Em 1941, foram obrigados a usar uma estrela amarela e serem identificados como judeus. Torturou e matou milhares de judeus sem causa e semeou a discórdia.
Na segunda guerra só não obteve êxito no bombardeio e invasão da Inglaterra, pois invadiu a Dinamarca, Noruega, Iugoslávia e Grécia, ocupou a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França, se apoderou da terça parte da Rússia Europeia.
Em 1942, Hitler foi derrotado com sua tropa pelo exército de Volga e esta marcou o início da derrota alemã. Em 1943, Hitler sofreu atentado e fugiu para Berlim onde se suicidou em 30 de abril de 1945.” (Fonte: www.alunosonline.com.br)
Hitler amou a pátria e fez a Germânia renascer das cinzas da Primeira Guerra. Tomou o controle da Alemanha e devolveu a dignidade ao seu povo. Restaurou a economia, fazendo o dinheiro retomar seu posto de valor monetário o que, no fim da Guerra, servia para brincadeira de crianças na rua e para acender fogueira.
NEM TUDO É O QUE PARECE SER. Hitler amou primeiro a pátria. Amou muito e a restaurou. Amou também os alemães, dignos do renascimento da pátria e cresceram junto com o país. Devemos de fato pensar com cautela porque seus passos de superação foram expressamente destrutivos. Pregando o antissemitismo, perseguindo judeus, queimando livros e com a ideia doentia de conquistar o mundo e purificar a raça alemã, ele conseguiu chegar lá. Mesmo com todos esses poréns, a Alemanha estava de pé. Isso até a Declaração da Segunda Guerra Mundial, onde novamente tornava enfiar seu povo na lama em busca de uma vontade subjetiva. Seu nacionalismo tinha se esvaecido. Agora era sua vontade de fazer tudo o que fazia e com uma retórica perfeita, convencer sua população que a miséria deveria salvar a Alemanha e salvaguardar aos que todos nela pertenciam de corpo, alma e sangue. E digo isso com autoridade: inválidos, homossexuais, velhos, mesmo sendo arianos na veia, não poderiam pertencer à sociedade utópica hitleriana.
A filósofa judia Hanna Arendt, em “Origens do Totalitarismo” já mencionava essa perda de foco do Führer. Preservar a nação não era mais a intenção de Hitler, mas conquistar qualquer outro objetivo, tirando de onde tirar, sacrificando onde sacrificar. Isso inclui a própria Alemanha e aqueles que depositaram toda sua fé na sua inteligência e lealdade à nação. Muitas pessoas sacrificadas por uma vontade subjetiva e que não ajudava em nada a nação. Resultado: Alemanha perde a guerra e mergulha em crise novamente. Hitler não teve o desgosto de ver a Alemanha nas mãos dos Aliados. Suicidou-se e não foi um ato de covardia. Nem heroico. Mas o pensamento mais são que lhe veio à tona depois de tanto tempo, e a cura por tamanho desordenamento psíquico.
Temos hoje muitos Hitlers por aí: vejamos Kim Jong-il, ditador da Coréia do Norte, morto há pouco tempo. Mãos de ferro, mas não abriu mão da qualidade de vida da população. Fez teste com um míssil que tumultuou todas as nações, que temiam testes de míssil para guerra. O ex-ditador do Líbano, Muamar Kadafi, sacrificou muitos em favor de seu poder. Foi necessária a intervenção internacional, não que isso interessasse às nações estrangeiras, mas enfim... Sacrificar a sociedade em prol do poder é algo adequado ao hitlerianismo e a formas de tirania muito, mas muito antigas mesmo.
            Esse artigo tem o intuito de instrução. Por mais confusas que sejam as finalidades de Hitler na Guerra, o outro lado sempre tem que ser observado e analisado, enfim, entender as circunstâncias. Nenhum historiador provou o porque do ódio de Hitler aos judeus, mas quando ele era apenas um aspirante a político, eles comandavam a economia alemã e eram na maioria ricos e com vida abastadas. Isso pode ter aguçado seu ódio e corroborado com seu antissemitismo. Recomendo o filme “Hitler: A Ascensão do Mal”, e tudo pode ser mais esclarecido recorrente a algumas teorias acerca de sua biografia.
            No mais, até à próxima e bom dia a todos.
            Aguardo os comentários.
            

4 comentários:

  1. A segunda guerra e Hitler sempre foram assuntos que me chamaram muito a atenção por diversas razões. Uma delas é o poder de um líder. Como este pode convencer uma nação de seus ideais. Acredito que o ódio cegou Hitler e o fez perder a guerra. Enquanto lider ele reergueu uma nação. E isso é bom. O Brasil precisa de lideres que ame a pátria e não o próprio bolso. Que olhe para a educação, por exemplo, como o futuro e progresso da nação e não como números em campanha eleitoral. Porém não sou a favor da ditadura. Hitler abusou do poder e penso que é nesse momento que ele perde a cabeça, a guerra e tudo quanto ele almejava. Gostei demais do artigo Breno, parabéns pelo trabalho.

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  2. Caro amigo escritor, seus artigos são muito estimulantes, faz todos quererem ler, mesmo aqueles que não tem muito gosto por leitura. Embora Adolf ter sido um "cidadão" violento e sangue frio, não devemos subestimar sua inteligência, ter usado pra tanto preconceito quanto as demais raças. Se achava "perfeito" diante das pessoas. Na verdade sua intenção era fazer uma imagem de si como se fosse superior (diante das pessoas). Mas dentro de si, com certeza não era nada. Poderia ter usado sua autonomia para ajudar as pessoas que estavam vindo debaixo como ele. È com certeza um marco histórico.

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  3. Tenho uma opinião própria sobre Hitler. Acho que ele tentou fazer a coisa certa da forma errada. Realmente, a mistura ou miscigenação excessiva de muitas raças, misturando DNA's de forma muito anti-seletiva ou aleatória, pode gerar indivíduos com os mais diversos defeitos de caráter, comportamento, educação, etc...Uma raça pura e com DNA exclusivo não está fora de cogitação para um mundo perfeito teoricamente! Imagine se todos nós fôssemos iguais no modo de pensar, de agir, de se comportar. As relações humanas seriam muito melhores e mais eficazes para o planeta e para a nossa própria permanência nele. Do jeito que a coisa está bagunçada atualmente, a raça humana não ficará aqui por mais do que uns 10.000 anos e será extinta ou substituída por outra superior em todos os sentidos. O planeta Terra ainda tem mais 5 milhões de anos de duração pela frente e se acabará junto com o Sol, quando ele crescer e se auto-destruir ao fim de sua vida útil e torrar completamente os planetas Mercúrio, Venus, Terra e até Marte. Serão todos engolidos pelo Sol que se transformará numa imensa bola de fogo vermelha incandescente 10 vezes mais volumoso do que é hoje. Este será o real "fim do mundo" que o nosso planeta enfrentará daqui a 5 milhões de anos. Acredito que, nesta ocasião, a raça humana já não exista mais.
    Vamos, então, tentar olhar as idéias do Nazismo por este ângulo correto e não pelo ângulo distorcido e absurdo que o Sr. Hitler viu, tentando promover a purificação da raça humana de forma rápida e sangrenta através do terrível holocausto da 2ªGuerra Mundial. Vamos nos compadecer de nossos irmãos judeus que foram mortos aos milhões naquela época. Não devemos, jamais, pregar a intolerância racial, de credo ou do que quer que seja. Apenas devemos entender que, cientificamente falando, uma raça pura é sempre superior a uma raça impura do ponto de vista sanguíneo, sejam judeus, mulatos, negros, índios, pardos, brancos caucasianos, ou qualquer outro povo existente.
    Agora, uma curiosidade: o meu pai serviu nesta guerra como soldado de Mussolini e fazia parte do exército fascista na época. Curiosamente, ele nunca foi de comentar muito comigo sobre a guerra, mas eu sempre senti que ele não concordou com o que via. Depois, quando ele veio aqui pra Dores de Campos, ele e o Capitão Gil acabaram se tornando amigos ex-combatentes de guerra...rsrsrsrrs! Ironias da vida.
    Se você quiser, um dia venha aqui em casa que eu mostro para você um retrato do Mussolini que ele mantinha no escritório na moldura. Ainda está aqui em casa até hoje!
    Gostei do seu post.
    Parabéns!

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  4. Essa questão de ter a capacidade de observar os acontecimentos históricos apartir de duas oticas bem diferentes não é algo que a maioria das pessoas estão acostumadas. Todavia como bem lembrado a Alemanha de Hitler pelo menos no inicio de sua politica como primeiro ministro teve lá seus méritos. Tive a opotunidade de conversar com um alemão que presenciara aque periodo e me contou sobre os beneficios da politica de hitler, claro que logo apos ele distorceu tudo de uma maneira no minimo maquiavelica. Porem o sentimento de revanchismo presente na alemanha no periodo do pos primeira guerra estava muito forte na maioria da população, em suma daqueles detentores do poder. Enfim se não fosse o austriaco adolf hitler poderia ser outro ditador que surgisse com o mesmo sentimento. parabens pelo blog.. devemos ter a conciência de observar os fenomenos sociais primando pela imparcialidade, mesmo que as vezes não consigamos deixar de lado nosso subjetivismo.

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